sexta-feira, 11 de março de 2011

DISCIPLINA: SAÚDE

AULA 7
CRIANÇAS E JOVENS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA-DIALÉTICA DA INCLUSÃO/EXCLUSÃO

Diferentes pontos de vista sobre NE:
1) Família:
Para família da criança com NE, as escolas recusam os alunos alegando não estarem preparadas para recebê-los. Outras os aceitam, mas fazem apenas um trabalho de sociabilização e deixam de lado a aprendizagem cognitiva do aluno. Não dão atenção suficiente e não proporcionam o desenvolvimento de suas habilidades. Ela acredita que somente através da união da escola e da família seja possível a realização de um bom trabalho com esta criança.

2) Professores:
Para os professores, a direção da escola banaliza a criança com NE não dando a devida atenção que ela precisa. Já ele, professor, tenta realizar bons trabalhos que a desenvolvam cognitiva e socialmente. Acredita ainda que é função do professor sim a promoção desse desenvolvimento mesmo que haja insegurança por sua parte e desintesse por parte da escola.

3) Coordenação:
A coordenação sente que o professor realmente está despreparado para lidar com crianças que tenham NE, além disso percebe que o ele tem  desenvolvido mais a sociabilização e não as habilidades cognitivas dessas crianças. Com relação aos pais, ela acredita que eles percebem que os professores não estão preparados e não dão atenção aos seus filhos. Já os profissionais de saúde, ela acha que eles sabem lidar com essas crianças no ambiente hospitalar, mas possum dificuldades no ambiente escolar. E a criança, na visão da coordenação, é a única que tenta encontrar soluções e busca maneiras simples para resolver as suas dificuldades. Enfim, de acordo com a coordenação a solução está na união das partes.

Conclusão:
A conclusão que se chega é que ao entrar na escola, a criança com NE é rotulada como deficiente mesmo que seu problema seja apenas físico. Com isto, ela é excluída e deixada num canto dentro da sala de aula. Não há nenhuma preocupação em proporcionar-lhe o desenvolvimento de suas habilidades e o que se faz é apenas a dominação do seu comportamento. Enfim, a criança não é devidamente auxiliada como manda as leis brasileiras que regem os direitos da aprendizagem do portador de NE e as dificuldades encontradas pelo professor devem ser superadas através de um ensino diferenciado e menos exclusivo.





AULA 8
CONTRADIÇÕES DE VALORES NA ESCOLA: ENTRELAÇADOS DA HISTÓRIA COM A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

No início da história da educação brasileira não haviam professores, mas pessoas intituladas de tutores que ensinavam as crianças. As classes eram distintas e depois se tornaram homogêneas. Não havia nenhuma preocupação com a Educação Especial. Somente em 1854, com a criação do Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro, é que surge o interesse sobre este tema por parte da sociedade. A partir desta data, várias outas instituições especializadas e não governamentais surgem com o intuito de mudar essa realidade e em 1961, são criadas algumas leis que vão garantir os direitos das pessoas que tinham necessidades especiais, mas é somente em 1973 que o Estado assume a responsabilidade sobre a Educação Especial criando o Centro Nacional de Educação Especial. Com isto, outros movimentos surgiram e novas portarias foram elaboradas proporcionando uma revolução no campo da Educação Especial. Fora do país também havia um interesse sobre a Educação Especial. Na França foi criado o Instituto Nacional de Jovens Cegos e Surdos-Mudos e em meados dos anos 1819/1824 é criada a escrita braille. Essa discussão atravessa séculos e chega nos dias atuais, onde ainda há reinvidicações não atendidas.




EDUCAÇÃO REGULAR NO BRASIL

Para compreender sobre a Educação Especial brasileira, faz-se necessário conhecer um pouco da história da Educação Regular no país ao longo dos séculos. A primeira constituição, em 1824, determina a educação gratuita, porém em 1889, ela deixa de sê-la e o que se percebe é que poucos a frequentam sem obrigatoriedade. A sociedade da época era agrária e iletrada. A área urbana era pequena, não havia desenvolvimento industrial e as poucas escolas que existiam atendiam somente aos ricos. Não havia formação de profissionais da área no país. Os que podiam iam estudar em outros países. Somente em 1847 é que se cria a primeira escola de formação de professores no Brasil. Com isto, a demanda pela Educação aumenta, mas para um indíviduo conseguir entrar numa escola ele tinha que passar por seleções que barravam pessoas que possuíam dificuldades físicas ou mentais. Assim, o que se tinha era uma educação exclusiva e para poucos. Muito tempo depois, em meados do século seguinte no ano de 1934, é que a educação vem a se tornar gratuíta e obrigatória e as pessoas que tinha necessidades especiais começam a reivindicar seus direitos através de movimentos que surgem a partir dos Direitos Humanos e na década de 50, se dá o processo de formação de professores especialistas na área de Educação Especial. Nas décadas seguintes, pesquisas são elaboradas sobre este tema e nos anos 70 o Estado assume a responsabilidade sobre a Educação Especial, criando o CENESP, porém ele não é ligado ao Ministério da Educação. Isso só ocorrerá nas próximas décadas. Vale lembrar que a Declaração de Salamanca foi muito importante para que o Estado observasse que era de sua reponsabilidade garantir o direito à Educação Especial aos que tinham necessidades especiais. Por fim, observar o passado é uma maneira de entender o porquê das dificuldades que ainda há sobre o tema Educação Especial no Brasil.


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