AULA 11
TRANSTORNOS COGNITIVOS E EPILEPSIA
Possibilidades multifatoriais que podem explicar os transtornos cognitivos da epilepsia:
- lesão estrutural;
- funcional: difusão do tecido cerebral por crises;
- efeito tóxico - medicamentoso (especialmente nas epilepsias de dfícil controle e politerapia);
- fatores psicossociais.
Observação:
O ambiente em que o paciente está inserido possibilita transtornos cognitivos como:
- dificuldades para focalizar ou manter por tempo prolongado a atenção;
- memória;
- aprendizagem;
- linguagem;
- funções executivas, com alterações de raciocínio lógico, planejamento, flexibilidade.
Observação:
A falta de uma boa noite de sono também contribui para a ocorrência dos transtornos cognitivos e o professor deve estar atento aos mais variados comportamentos de seus alunos.
Fatores desencadeantes dos transtornos cognitivos:
- tipo de epilepsia;
- frequência de crises;
- idade de início;
- duração da epilepsia;
- ação das DAEs (lentidão psicomotora, memória, concentração e raciocínio);
- Epi generalizada, início psicose, alta frequência das crises: maiores défcits.
AULA 12
EPILEPSIA E ESCOLA
As crianças têm uma visão negativa da epilepsia. Nesse sentido, o professor, que é um modelo a ser seguido pelo aluno, tem um papel social importante na dismestificação do estigma. Porém, as percepções de alguns professores sobre a epilepsia não são as mais corretas. Alguns acreditam que:
- A epilepsia provoca QI baixo;
- Excesso de sofrimento pode provocar epilepsia;
- Mulheres com epilepsia não podem ter filhos;
- As pessoas com epilepsia serão insanas no futuro;
- Os medicamentos podem viciar e a pessoa ficar dependente dos remédios;
- O tratamento não resolve;
- A epilepsia é uma doença mental;
- A pessoa que tem epilepsia tem um espírito maligno.
PASSOS QUE O PROFESSOR DEVE TOMAR PARA QUE SITUAÇÕES DESCONFORTANTES NÃO ACONTEÇAM EM SALA DE AULA
- Conversar com os pais para saber como agir diante da crise;
- Conversar com a classe sobre assuntos de saúde;
- Colocar a epilepsia como tema dos assuntos de saúde;
- Colocar conceitos de cidadania e solidariedade para classe.
ATITUDES QUE O PROFESSOR TEM QUE REALIZAR DIANTE DE UMA CRISE
- manter a calma;
- afastar objetos que ofereçam risco;
- virar a cabeça de lado;
- acalmar os alunos;
- esperar a crise passar.
Observação:
A ambulância só será chamada se a crise durar mais de 5(cinco) minutos.
ATITUDES QUE O PROFESSOR TOMARÁ APÓS A CRISE
- falar que o aluno teve uma convulsão;
- levá-lo para um lugar calmo;
- conversar com a classe sobre o que ocorreu;
- quando o aluno voltar tratá-lo normalmente, pois a regeição é o pior remédio neste momento.
Observções importantes:
- Lembrar que o aluno pode fazer aulas de Educação Física e não deixá-lo de lado com medo de que possa se ter crises. Na dúvida, conversar com os pais;
- Lembrar que o aluno tem condições semelhantes aos demais, às vezes é necessário uma explicação individual;
- Informar-se sobre os horários dos medicamentos do aluno;
- Colocar o aluno ao lado de colegas prestativos e dispostos a ajudá-lo nas dificuldades;
- Informar funcionários e inspetores sobre o problema do aluno;
- O aluno com epilepsia tem que se sentir inserido dentro da escola, pois quanto mais aceito mais chance terá de se desenvolver.
CONSIREAÇÕES FINAIS
- Saber sobre a epilepsia e as maneiras adequadas de como proceder;
- Formação ética: desmistificar as crenças, reduzir estigma e o preconceito;
- Capacitação dos professores favorece a ampliação de informações sobre epilepsia e os valores éticos para seus alunos, familiares e comunidade.